Eu odeio a Miley Cyrus - Capitulo 24

Afinal nós nos odiávamos, certo?!

Nick narrando.

Eu tinha a Miley em meus braços e eu apenas queria que isso não tivesse que terminar, a sensação de ter a pele quente dela roçando na minha era prazerosa e extremamente agradável. Eu não sabia bem porque mas ela tinha um tipo de efeito sobre mim, um jeito de misturar todas as sensações em um turbilhão, me fazendo querê-la, me fazendo achar necessário te-la pra mim. E era isso que Miley tinha se tornado pra mim, uma necessidade, um vicio, que não importa o quanto eu quisesse negar toda vez que eu a tinha diante dos meus olhos e ao alcance do toque dos meus dedos ela era extremamente desejável e convidativa, chegava a machucar ter que reprimir o meu desejo por ela.

Mas hoje a noite foi impossível continuar fugindo, ela estava tão provocante, seu cheiro estava me tentando desde o carro, e quando a vi começar a tirar a roupa de uma maneira que ela mal sabia o quanto era sensual pra mim quase me fazendo beirar a loucura, eu não pude mais me segurar, eu teria que te-la, ainda que fosse a ultima vez, ela seria minha...

Agora eu a observava descansar tranquilamente, sua respiração ainda estava um pouco descompassada devido a consumação do ato a poucos minutos atrás. O leve sorriso estampado em seus lábios me levava a sorrir feito um bobo também, ainda era gostoso vê la sorrir, poder apertá-la em meus braços e correr meus dedos pelos seus cabelos.

– Se você continuar me olhando desse jeito eu vou ficar mais vermelha que um tomate! – Disse Miley ainda com os olhos fechados, eu odiava essa coisa das mulheres sempre saberem quando as estamos olhando, isso acaba com a privacidade dos caras!

– A culpa é sua por ser assim tão... – Deslizei meus dedos pela delicada pele dela – linda! – Essa palavra a descrevia perfeitamente a imagem dela agora – Não consigo desviar meus olhos, não quero perder nada, nem um segundo de você aqui comigo!

O sorriso de Miley cresceu com a minha frase, ela se aproximou ainda mais de mim emaranhando os dedos nos meus cabelos e arrastando-me pela nuca para mais perto de seus lábios, então me beijou. Nos beijamos por longos minutos, beijos apaixonados, beijos desesperados, beijos necessários e beijos de saudade.

Eu a queria mais, ainda não tinha conseguido saciar a minha vontade dela. A puxei pela cintura colocando-a sentada sobre mim com uma perna de cada lado, isso sem descolar nossos lábios. Miley sorriu em meio ao beijo ao sentir que eu já estava excitado outra vez.

– Nossa, eu não lembrava que você era assim tão... – Ela afastou se apenas o suficiente para me encarar – Animadinho! – Ela mordeu os lábios de uma maneira extremamente provocante, em seguida selou nossos lábios e foi deslizando seu corpo sobre o meu fazendo com que nossas intimidades roçassem uma na outra.

– Você me deixa assim... – Foi só o que pude dizer antes de precisar soltar um gemido devido as provocações da Miley. Em resposta forcei um pouco sua entrada e a Miley gemeu meu nome, confesso que isso me incentivou ainda mais a prosseguir, coloquei minhas mãos sobre os quadris dela na intenção de guiá-la enquanto ela cavalgava sobre mim me deixando imerso em delírios imensuráveis de prazer.

Tudo, definitivamente tudo na Miley parecia milimetricamente projetado para me proporcionar prazer... Os lábios que me beijavam de forma avassaladora, os olhos que pareciam me hipnotizar com aquele brilho intenso que só eles possuíam, o corpo esculpido que eu fazia questão de percorrer com as minhas mãos sem nenhum pudor ou constrangimento. A sensação de te-la ali moldada a mim me impedia de me concentrar em qualquer outra coisa que não fosse nela, que me torturava lenta e deliciosamente enquanto se movimentava sobre mim.

Gemi um pouco mais quando a Miley aumentou o rítimo do movimento de seus quadris, precisei apertar uma de minhas mãos sobre a sua coxa, subindo-a rapidamente passando pelo bumbum e pousando-a firmemente sobre os quadris dela, enquanto a minha outra mão livre lhe acariciava o seio contornando seus mamilos, apertando-os algumas vezes. Ouvir os gemidos da Miley só fazia eu sentir-me mais excitado, parecia que quanto mais eu a tinha mais eu a queria, esse era o efeito que ela tinha sobre mim.

– Esta tentando me enlouquecer? – Perguntei a ela em um murmúrio. – Porque se é isso que quer, esta conseguindo! – Nessa hora investi as posições, comprimi a Miley contra o colchão enquanto meu corpo pesava sobre o dela.

–Nick... – Ela me olhou como se implorasse por algo – Me beija! – Fechei meus olhos gradativamente, a medida que aproximava nossos rostos. Quando Miley me deu passagem para invadir sua boca com a minha língua senti ainda mais desejo e apertei sua coxa com firmeza enquanto estocava mais forte e rápido nela. Nossos corpos se moviam juntos, numa sincronia perfeita, a sensibilidade era tanta que todas as sensações, desde os arrepios aos toques pareciam terem sido amplificados. Miley presa a mim se contorcia de prazer, me arranhava e gemia o que só me dava vontade de satisfazê-la mais.

Instantes depois espasmávamos, trêmulos, por conta da pressão exercida por nossos corpos se chocando um contra o outro, ainda podia me sentir completamente anestesiado pelo orgasmo recente. Meu coração ainda tentava sem muito sucesso regularizar as batidas enquanto sentia a respiração da Miley quente e descompassada bater rente ao meu pescoço. Colei nossas testas e levei minhas mãos a alcançarem seu rosto, a olhei no fundo dos olhos e por alguns instantes acho que ate me perdi naquele mar de profundo azul que eram os olhos da Miley.

– Foi incrível! – Sussurrei pra ela que colocou a mão sobre a minha nuca e entrelaçou os dedos nos meus cabelos me arrastando para mais perto, colando nossos lábios.

A noite não foi o suficiente para nos dois, não lembro exatamente quantas vezes fizemos amor, mas lembro de ter olhado pela janela e ver aquele tom alaranjado do céu que indica que o dia esta prestes a raiar. Miley aconchegou-se em meus braços e adormeceu, eu não consegui, aquela sensação de estar vivendo algo tão surreal ainda não tinha saído da minha cabeça, a ficha ainda não tinha caído, eu olhava para o lado e via que tinha ela em meus braços, mas ainda não conseguia acreditar. Jamais imaginei que isso aconteceria outra vez, quer dizer, não com ela, não depois de tudo que houve. Achei que o meu corpo não reagiria mais a ela, ou que talvez ate a desejasse mais que fosse apenas isso, mas agora com ela aqui rente ao meu corpo, entrelaçada em meus braços me fazendo sentir como a anos eu não me sentia, me inebriando com o seu cheiro e me amando da mesma maneira que antes, só me fez perceber que com ela jamais seria apenas sexo. Eu a desejava sim e muito, mas não só por uma noite. Ela me fazia ter vontade de protegê-la, de acordar com ela ao meu lado. E uma coisa estava bem clara, eu realmente não estava preparado para vê-la longe de mim, acho que nunca estaria.

Aproveitei a nossa atual situação o máximo que pude, gravei na memória cada detalhe, afinal o dia estava se formando e as coisas voltariam a sua orbita natural, seria difícil, mas eu sabia que provavelmente nunca mais isso se repetiria novamente.Sorri com o pensamento que talvez eu fosse mesmo como o cara fracassado e sem rítimo daquela musica, tentando aproveitar a única oportunidade de felicidade que teve na vida, mas se for isso nem é tão ruim, quer dizer ele foi feliz ao menos uma vez e no final é isso que conta não é?!

Percebi que a tempestade de ontem havia cessado e que o dia nasceria bonito. Já estava claro quando Miley despertou e ainda sonolenta me disse bom dia e eu apenas me limitei a responder delicadamente e lhe dei um beijo na bochecha.

– Dormiu bem? – Perguntei e Miley assentiu com um sorriso. Tomou coragem para levantar-se da cama e eu fiz o mesmo. Catei minhas roupas e vesti rapidamente, olhei para a Miley mais uma vez, ela estava enrolada no lençol da cama e catava suas roupas espalhadas pelo quarto.

 Como ela era linda, ainda mais do que na época que namorávamos, apesar de que os detalhes ainda eram os mesmos. Ela ainda tinha aquele jeito atrapalhado e divertido que me fazia sorrir a toa. Hoje eu estava feliz, feliz por te-la tido, mas inevitavelmente me perguntava se isso teria sido realmente bom, quer dizer isso só me fez ter ainda mais certeza que ela é essencial na minha vida...

– Nicky, para! Com você me olhando desse jeito eu fico desconcertada! – Miley disse e eu até desviei os olhos dela um tempinho mas logo voltei a admira-la e ela, intrigada, veio andando em minha direção e colocou a mão delicadamente sobre o meu rosto – O que você tanto olha heim?! - Eu apenas virei meu rosto e dei um beijo na palma de sua mão.

– Você! – A encarei – Você me faz tão bem! – Miley aproximou os lábios dos meus e nos beijamos.

Cada toque dela era como uma faísca e o meu corpo como a palha, que bastava apenas um toque dela para incendiar-se por completo. Me entreguei aquela sensação de te-la ali tão próxima e a puxei para o meu colo, fazendo com que ela passasse uma perna de cada lado do meu quadril, apertando-a cada vez mais contra mim enquanto o beijo se intensificava. Meu corpo estava reagindo a ela, logo ela sentiu minha excitação e sorriu em meio ao beijo. Aquela mulher era a minha perdição, o meu céu e o meu inferno ao mesmo tempo, não conseguia ter se quer um pensamento racional quando sentia o corpo nu da Miley em contato com o meu.

Minhas mãos foram rápidas em arrancar o lençol que estava enrolado ao corpo dela, Miley apenas desceu suas caricias, chegando a alcançar o zíper da minha calca com as mãos. Ela o desceu delicadamente e colocou sua mão sobre o meu membro ainda coberto pelo fino tecido da boxer e apertou, quase gritei com a sensação louca que aquilo me causou. Não aguentei mais por muito tempo, joguei a Miley na cama de bruços, depois a fiz apoiar-se sobre seus joelhos e suas mãos ficando de quatro pra mim. Nem tirei a roupa, apenas desci um pouco o cós da minha box revelando o meu membro ereto e o conduzi ate a entrada da Miley, primeiro o rocei nela algumas vezes. Ela gemia meu nome, quase pedindo para que eu parasse de torturá-la e a penetrasse de uma vez, a fazendo minha para que o corpo dela pudesse em fim se satisfazer.

De súbito a penetrei de uma forma brusca, o que quase fez a Miley dar um solavanco. Coloquei uma das minhas mãos sobre a cintura dela, apertando-a descendo gradativamente ate os quadris onde parei guiando a Miley para entrar ainda mais dentro dela.

Mal podia acreditar no jeito perfeito como nossos corpos se encaixavam, cada um de nos sabia exatamente do que o outro gostava e bastava apenas um toque, uma caricia, para que um fizesse o outro quase explodir de tanto prazer. O rítimo que já estava acelerado foi se tornando meio alucinante, talvez ate entorpecente. Foi assim ate alcançarmos nosso clímax, segundos depois deixei o meu corpo cair sobre a cama e Miley também cansada se deitou ao meu lado.

– Nick, isso foi como antes...Digo...Como nos velhos tempos, isso tudo agora e ontem a noite, não foi?? – Ela perguntou para mim, mas fitava o teto. Eu entendi o que a Miley estava tentando saber, ela queria saber se eu ainda sentia por ela o mesmo que nos “velhos tempos” e embora a resposta fosse sim, eu ainda não estava preparado para dizer isso a ela.

– Eu acho que... – Coloquei minha mão sobre a cintura dela, enquanto mordia meus lábios – Você esta ainda mais gostosa do que antes! – Minha mão desceu de sua cintura para seu bumbum que eu apertei com um pouco de malicia, a Miley me deu um tapa no braço.

– E você não mudou nada, continua pervertido... – Ela disse levantando-se da cama aproveitando que eu estava ainda um pouco ofegante por conta do ato a pouco – E gostoso também! – completou rindo me dando a visão perfeita de seu corpo nu - Vou tomar banho, acho que você deveria tomar também! – Ela viu um sorriso malicioso se formar no meu rosto – La no seu quarto! – Ela disse revirando os olhos e seguindo ate a porta que dava para o banheiro do quarto.

Depois que ela foi tomar um banho, eu me levantei da cama e também fui para o meu quarto fazer o mesmo. Troquei de roupa ainda com os flashes dos momentos prazerosos que eu tive com a Miley passando pela minha cabeça. Depois de me vestir segui para o quarto da Miley e bati na porta, ela ainda estava só de toalha e escovava os cabelos quando veio abrir a porta. Sem nem pensar duas vezes a tomei em meus braços e a beijei intensamente, adorava a sentir o gosto dos seus lábios postos sobre os meus. Miley não ofereceu nenhuma resistência e nem protestou, pelo contrario, me correspondeu prontamente me dando passagem para que eu pudesse explorar toda a sua boca numa dança sensual das nossas línguas.Quebramos o beijo quando sentimos o ar nos faltar, Miley deu dois passos para trás se desvencilhando de meus braços com um sorriso sapeca.

– Preciso me trocar Nick!

– Eu sei e por isso eu estou aqui, gosto de te ajudar com as suas roupas! – Disse com um sorrisinho, cheio de segundas intenções.

– Eu sei muito bem que tipo de ajuda o senhor gosta de me dá em relação as minhas roupas Ok?! – Ela foi caminhando em direção a poltrona onde suas roupas estavam. E me olhou de canto de olho – E eu dispenso! – Começou colocando a calcinha.

– Eu não vou discordar que eu prefiro mesmo tirar as suas roupas, mas – Sentei-me na cama apenas a observando de longe – Hoje eu estou excepcionalmente respeitador e só faço o que você me permitir fazer!

– Ah é senhor respeitador?! – Miley veio ate mim, ela já tinha colocado o short e o estava quase terminando de vestir o sutiã – Fecha o meu sutiã, por favor!

Eu coloquei minhas mãos sobre a fina cintura dela e a puxei mais para mim, sem dificuldade fechei o sutiã e me levantei, a abraçando por trás e depositando alguns beijos carinhosamente em seu pescoço. Miley alcançou com seus braços a minha nuca me trazendo ainda mais pra ela, o que me fez entender automaticamente que ela estava gostando da caricia. Em contrapartida deixei que uma de minhas mãos alcançasse o botão de seu short enquanto a outra acariciava o seu seio, recém coberto pelo sutiã. Sem vacilar coloquei minha mão por dentro do short da Miley, cuidando de mante-la ocupada com caricias e beijos e seu pescoço, ombro e busto, então comecei a massageá-la com os dedos por cima do tecido da calcinha, queria que cada parte do corpo da Miley implorasse por mais de mim. Quando a Miley percebeu minhas intenções de estimulá-la e que provavelmente isso nos conduziria a cama mais uma vez ela se soltou de mim.

– Obrigada pela ajuda, Nick! – Ela falou se afastando um pouco de mim, cortando totalmente o meu barato. – Mas agora temos mesmo que ir! – Ela rapidamente abotoou o short e ajeitou um pouco o sutiã, que acabou saindo do lugar com as minhas caricias.

– Ta vendo só, você fica aí me provocando e depois foge! – Eu brinquei me fazendo de revoltado, acho que no fundo eu estava um pouco, eu não queria parar.

– Não sabia que pedir ajuda com o fecho do sutiã era provocação! – Ela retrucou cruzando os braços.

– Tem razão, não é provocação, é maldade!! – Eu rebati e nos dois rimos. – Toma, eu trouxe essa camisa pra você vestir! – Entreguei na mão da Miley uma das minhas camisas.

Miley não disse nada, apenas sorriu e colocou a camisa. Eu a puxei para mim e me aproveitando bastante da situação, ajudei-a a fechar os botões.

– Você é perfeita sabia?! – Foi tudo que consegui dizer enquanto ainda tinha minhas mãos envolvendo a cintura de Miley. Confesso que ao ter essa perfeição de silhueta bem ao alcance das minhas mãos me faz sentir uma satisfação indescritível.

Depois de vestida, Miley foi em direção ao espelho e ajeitou um pouco a camisa, ate deu um nó na altura da cintura para que lhe caísse melhor sobre o corpo, acho incrível como ela consegue ser sexy ate com uma roupa masculina, e eu pobre iludido que achava que ela deixaria a camisa cobrindo as pernas do jeito que estava quando ela vestiu de inicio.

Descemos ate a recepção do hotel conversando sobre coisas bobas, sorrindo e fazendo piadinhas um com o outro. Falamos com o senhorio e pagamos pela noite que passamos ali. Não custou caro, mas admito que eu teria pago o preço que fosse se soubesse que tudo aquilo aconteceria aqui nesse hotel, que alias eu não mencionei antes mas ficava em Phoenix no Arizona.

Eu dirigiria ate uma cidade ao sul da Califórnia chamada San Diego. Diferente de ontem a noite que o clima entre eu e a Miley estava tenso, hoje estávamos sorridentes e brincalhões então a viagem passou bem mais rápido.

– Nick, liga o som!

– Ok, mas eu vou logo avisando que eu to com o porta-CDs do Joe! – Baguncei

– Haha engraçadinho, liga na rádio, coloca em alguma estação legal! – Eu fiz o que ela pediu. Foi engraçado ver a Miley começar a cantarolar junto todas as musicas que tocavam, até que por coincidência começou a tocar Party in the U.S.A. – Ok, agora troca! – Ela disse revirando os olhos.

– Mas nem pensar! – Protestei ironicamente – Você sabe como eu ADORO essa musica! – Baguncei com ela, nunca gostei muito dessa musica embora fosse da Miley.

– Ah sim, claro... – Miley disse em tom de ironia.

– É sério, eu ate sei a letra! “Yeah, It's a party in the USA...” – Eu cantarolei um pedacinho e a Miley começou a rir de mim, Ok eu admito, eu estava mesmo cantando mal.

Eu apenas a olhei enquanto ela ria, Miley provavelmente não se lembrava de um detalhe sobre essa musica...

– Eu odiei quando o clipe dessa musica saiu... – Comentei. – Minha namorada gata, só de shortinho dançando sensualmente e não era só pra mim, acho que isso não deu muito certo! – Ouvi a Miley gargalhar.

– Você que era muito ciumento – Ela disse fazendo pouco caso – lembra daquela vez que você ficou de mal comigo por causa da minha performance no polly dance no KCA?!

– Lembro, alias lembro muito bem, você desligou o telefone na minha cara naquele dia!

– Eu não fiz isso, a ligação caiu porque eu estava passando por um túnel!! – Ela disse isso na maior cara de pau e eu a encarei – Ok, ok eu não estava passando por um túnel, mas você começou a berrar comigo no telefone e eu não queria brigar, ai a única solução que eu arranjei foi... – A interrompi.

– Bater o telefone na minha cara, muito maduro Miley! – Ironizei, mas num tom cômico, isso não era uma discussão, era apenas o nosso jeito de relembrar o passado, os “bons tempos”

– Ah claro, e berrar a namorada pelo telefone é tão mais maduro, Nick... – Miley meio que cantarolou revirando os olhos. –A verdade é que você era ciumento demais naquela época e sabe disso!

– É, eu era mesmo e ainda sou! – A encarei – Sempre fui egoísta, o que é meu eu quero só pra mim! – Eu falei num tom mais serio e vi a Miley corar, sorri discretamente, uma pena ela não ser minha não acham?! – E eu continuo não gostando dessa sua mania de usar shortinho – desviei o olhar para as pernas da Miley mais uma vez e depois foquei na estrada novamente.- Você tem pernas lindas e isso é uma tentação pra qualquer um!

– Eu sou da seguinte opinião, se não gosta não olha! E se não saiu do seu bolso não reclama! – Ela disse em um tom brincalhão.

– Derrepente me senti alfinetado aqui!

– Imagina amor! – Miley ironizou bastante na palavra amor e passou a mão pela minha nuca me causando um leve arrepio.

– Olha se eu bater esse carro por falta de atenção na estrada a culpa vai ser sua Miley, sua e desse pedacinho de pano que você tem coragem de chamar de short!! – Brinquei

A viagem seguiu assim, em meio a brincadeiras nossas, algumas vezes brincadeiras com um fundo de verdade onde dizíamos o que queríamos realmente dizer. Chegamos a San Diego mais ou menos umas 9:00 hs da manha, Miley ligou para Demi pra avisar que tínhamos chegado a Califórnia e depois fomos pra um Starbucks qualquer.

– Acha mesmo que não vão reconhecer a gente Nick? – Miley se referia ao fato de podermos estar sendo vistos andando juntos pela cidade, ainda mais sendo quem nos somos e por ter o passado que tivemos - Quer dizer, imagina só a noticia, Miley Cyrus e Nick Jonas são vistos em um romântico café da manha em San Diego! – Ela fez um movimento com a mão como se já imaginasse a noticia em varias capas de revistas, enquanto entravamos no Starbucks.

– O que não seria de um todo mentira... – Rebati enquanto nos sentávamos numa mesa e a garçonete vinha nos entregar os cardápios. Nem olhei no cardápio e me virei para a moca desatenta que nos atendia “Dois Cappuccinos e uma porção de Cookies, por favor” ela anotou e se foi, voltei a me dirigir a Miley – Agora só tem uma coisa que me incomoda nessa sua noticia ai...- Miley ainda olhava para o cardápio distraída, mas assim que eu falei isso me olhou.

– E o que seria?!

– Porque o seu nome vem na frente do meu?! – Perguntei tentando fazer graça. Acho que deu certo.

– Simples, eu sou muito mais famosa!! – Ela disse se gabando.

– Nossa, tava custando baixar a Diva Cyrus por aqui!! – Ironizei.

– Ah vai falar que você não gosta do meu jeito Diva de ser?! – Ela me lançou um olhar de desafio e finalizou com uma piscadela.

– Tenho que admitir que... – Rocei minha perna com a da Miley por baixo da mesa e ela ruborizou – Tem muitas coisas que eu gosto em você! – A olhei.

Logo a garçonete trouxe nossos pedidos e eu e Miley ficamos comendo e conversando como a tempos não fazíamos, era divertido, apenas falávamos das nossas vidas, contávamos sobre nossos micos, vou ter que dizer que nunca me julguei um cara de sorte mas a Miley conseguia ser mais azarada que eu!

– Ok, ok admito que o vestido rasgar no meio de uma premiação como o Oscar é bem pior do que a duas cordas da guitarra arrebentarem no meio de uma apresentação para o presidente! – Falei sorrindo

– Viu só, eu disse, as piores coisas acontecem comigo, onde tem mico pode ir la porque la estou eu!! – Miley disse com um tom meio desanimado e revoltado ao mesmo tempo.

– Nem vem My, não acontecem só coisas ruins com você, acontecem coisas boas também, eu sou um exemplo delas!! – Eu disse e a Miley riu

– Uhum sei... – Ela revirou os olhos – Mas acontece que...Oopps!! – Miley ia falar alguma coisa, mas então mexeu o braço e acabou me sujando com o creme do cappuccino – Foi mal Nick, deixa eu limpar! – Miley pegou alguns guardanapos, mas antes de limpar ela passou um dedo no meu rosto pegando um pouco do creme – HUM, delicia!! Eu deveria fazer isso mais vezes! – Ela disse aproximando os lábios da minha bochecha para dar um beijo e depois passou o guardanapo limpando o excesso de creme.

– Voce tem cada idéia Miley... – Eu a segurei pela cintura sorrindo – Mas sinceramente essa sua idéia me deu uma outra bem melhor! – Eu sorri malicioso alcançando os lábios dela. – Me lembra de pedir cappuccino do serviço de quarto a próxima vez que ficarmos hospedados juntos num hotel! – Murmurei e a Miley sorriu, então uni nossos lábios. Sem nem perceber o que estávamos fazendo acabamos por trocar beijos e caricias em um local publico, mas nesse momento com os lábios da Miley nos meus, essa seria a ultima das minhas preocupações.

Depois de tomarmos café seguimos para o aeroporto onde o jatinho que a Demi mandou já estava a nossa espera, Miley sentou-se em uma poltrona ao lado da janela e eu me sentei ao seu lado. Coloquei minha mão sobre o braço da poltrona esperando que ela me desse a dela pra entrelaçarmos nossos dedos.

Não demorou tanto para chegarmos, Miley olhou para janela e me avisou que a Demi, o Big Rob e o Joe estavam no aeroporto, assim como também a sua mãe. Nos despedimos com um abraço antes de descermos do avião.

– Então, eu te vejo hoje a noite no evento?! – Sussurrei rente ao ouvido da Miley – Quero você  linda, só pra mim! – Brinquei e a Miley riu, me dando um tapa no braço.

– Engraçadinho você né?! – Ela me encarou com um meio sorriso – Então também vou querer o senhor bem lindo e só pra mim! – Ela colocou os lábios sobre os meus delicadamente e antes que eu pudesse desfrutar do seu sabor único mais uma vez, ela retirou-os novamente – Ate mais tarde!

Miley correu e assim que desceu do avião foi abraçar a Demi e a Tish que pelo visto estava muito preocupada, enquanto ela conversava com a mãe e com a Demi eu contava para Joe sobre a viagem, claro que tomando cuidado de esconder os detalhes românticos entre eu e a Miley.

Trocávamos olhares discretos algumas vezes enquanto ainda estávamos no aeroporto, os sorrisos estampados em nossos rostos talvez ate fosse suspeito, mas eles jamais desconfiariam do que havia acontecido entre nós, afinal nós nos odiávamos, certo?!

Continua...

N/A: Desculpem toda essa demora pra postar, eu tenho um trabalho meio complicado e as vezes fica difícil entrar no blogger ou no gmail, mas eu vou compensar vocês essa semana, assim que tiver dois comentários em cada capitulo eu posto mais um ;D

Bjo