Você sentiu ciúmes Nicky, e sabe disso!
Narrado por Demi
New Jersey, Jersey City, 19:07 (Horas atrás) Hospital da cidade
de Jersey.
– O que está fazendo aqui?! – Entre as lágrimas que se formavam
em meus olhos, eu o encarei.
– Ora, minha filha, o que mais eu poderia estar fazendo aqui?! –
Ele alargou o sorriso – Eu vim ver você, aliás, vocês! – Ele incluiu mesmo a
minha mãe nisso?! Eu estava ainda meio perdida quando o sinto passar os braços
a minha volta, me abraçando. Mantenho-me indiferente. Não consigo abraçá-lo, e
nem quero, o cheiro de álcool nele está muito forte. – Oh Demizinha, eu senti
tantas saudades, filha! – Lancei um olhar para a minha mãe tipo quem diz: “Tira ele de cima de mim!”
– Ah... Pedro, vamos já chega! – Minha mãe arrancou aquele homem
de cima de mim – Por que não vai embora daqui?! Será que não percebe que nem eu
e nem a Demi temos nada pra falar com você!
– Fale só por você Diana, é claro que a minha Demizinha sentiu
minha falta! – Ele disse firme – Diz pra ela, minha filha. Diz que você sentiu
falta do seu papai, fala pra ela, filhinha! – Aquele cheiro horrendo de bêbado
decadente já estava me causando náuseas.
Encarei meu pai. Não era possível que depois de tanto tempo ele
achava que era só aparecer aqui novamente e estaria tudo bem.
– Fala pra ela Demizinha, diz pra sua mãe que você me ama
muit....
– Vá embora daqui! – Eu tirei forças de dentro de mim, de todo o
rancor que eu guardava desse homem, para conseguir dizer isso – Eu nunca mais
quero ver você na minha vida, entendeu bem?! Eu quero que você SUMA!! – As
lágrimas escorriam em meu rosto, desmedidas – Assim como você fez todos esses
anos... – Sussurrei essa última parte.
Mamãe não disse nada, apenas baixou a cabeça tristemente e o
“meu pai” saiu andando pelo corredor. Eu só esperava não ter que voltar a vê-lo
nunca mais!
– Filha, você está bem?! – Mamãe perguntou vindo me abraçar.
– To mãe, eu... eu só não esperava ter que vê-lo aqui, ainda
mais desse jeito! – Desabafei abraçando forte a minha mãe.
– Ah filha, o seu pai é apenas um pobre coitado, um escravo do
vício. Ele já não se dá conta de tudo que perdeu por causa disso! – Mamãe
alisava meus cabelos e eu apenas deixava as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.
Eu sei que ele era meu pai, mas isso não me obrigava a ter que querê-lo perto
de mim.
– Mas agora é tarde demais pra tentar recuperar alguma coisa, se
é isso que ele está querendo! – Resmunguei e minha mãe apenas suspirou.
– Filha, eu sei que não parece, e que é de um jeito
completamente diferente ao qual você está acostumada, mas o seu pai gosta de
você! – Mamãe me olhou docemente – Você é filha dele, e sempre foi a preferida!
– Tocou meu rosto – Seu pai era um homem bom, Demétria, apenas foi fraco
demais... É isso que o vicio faz com os homens bons, filha. Ele os transforma
nisso que o seu pai se tornou!
Depois disso eu fui conversar um pouco com os médicos do Patrick
e eles me explicaram que a situação dele apesar de grave, poderia ter uma
reversão se tomados os cuidados certos, e que mesmo ele já tendo uma certa
idade estava reagindo bem aos tratamentos. Senti-me mais aliviada, agora eu
sabia que minha mãe poderia ter esperanças do meu padrasto acordar bem qualquer
dia desses.
E enquanto eu ocupava meus pensamentos com milhares de coisas, uma coisa não saia da minha cabeça: O que a minha mãe me falou a respeito do meu pai, ou melhor, do Pedro. Sei lá, talvez ela esteja certa, talvez ele até me ame mesmo, mas isso não muda o fato de que ele me abandonou durante todos esses anos e ainda por cima por causa de algo tão insignificante!
E enquanto eu ocupava meus pensamentos com milhares de coisas, uma coisa não saia da minha cabeça: O que a minha mãe me falou a respeito do meu pai, ou melhor, do Pedro. Sei lá, talvez ela esteja certa, talvez ele até me ame mesmo, mas isso não muda o fato de que ele me abandonou durante todos esses anos e ainda por cima por causa de algo tão insignificante!
Que tipo de pai que realmente ama os seus filhos faria o que ele
fez?!
Eu sei que jamais seria capaz de fazer isso com a minha filha. Jamais
a abandonaria, estaria ali pra ela em todas as vezes que ela precisasse de mim,
sempre!
– Vou tomar um café, mãe! – Eu disse a ela e segui para cafeteria.
Enquanto eu estava pagando o meu café, recebi um telefonema do
Joe dizendo que ele estava no estacionamento do hospital, me esperando para
irmos juntos pro hotel.
Narrado por Joe
New Jersey, Jersey City, 20:38 PM (Horas atrás) Estacionamento
do hospital
Estava no estacionamento do hospital, encostado em um carro que
eu aluguei e esperando pela Demi. Ela iria se despedir da mãe e viria pra cá.
Um homem esquisito, que mais parecia um mendigo, estava me
encarando de longe desde que eu cheguei aqui e isso tava começando a me deixar
preocupado.
– Demi, cadê você?! – Sussurrei pra mim mesmo.
Nem vi como, dentro de instantes, o tal homem estava parado atrás
de mim.
– Você é tal do Jonas, não é?! – Ele me encarou – Marido da Demétria
Lovato!
– Ah... sou, eu sou sim, mas e o senhor, quem é?!
– O que você ainda tá fazendo aqui?! – Demi que apareceu e do
nada já estava berrando com o bêbado – Eu pensei que tinha dito pra você sumir
da minha vida!
– Demi, minha filha, eu só quero ficar perto de você! – O homem
tentava colocar as mãos no rosto da Demi, mas ela não permitia.
– E eu só quero que você suma! – Ela vociferou – Você não sentiu
minha falta todos esses anos então por que, de repente, está sentindo agora?
– Filhinha, me perdoa! Eu nunca quis abandonar você! – O homem
já tinha lágrimas nos olhos – Filha, filha, eu sei que você se casou, com ele,
- Apontou pra mim - sei que vocês tem uma filha, e eu queria, quem sabe, poder
ver a minha neta...
– Sua neta?! – Demi riu ironicamente – Você nunca, entendeu bem?!
NUNCA, vai chegar perto da minha filha! Ela não é nada sua! – Demi abriu a
porta do carro – Vem Joe, vamos embora daqui! – Ela entrou no carro.
Eu fiquei meio sem ação na hora, não consegui entender nada
direito. A única coisa que eu acho que entendi é que aquele homem era o pai da
Demi. Ainda meio aturdido eu abri a porta do carro, mas antes de entrar pude
ver o homem chorar amargamente.
– Acelera Joe! – Demi pediu – Eu quero sair daqui agora mesmo!
– Mas Demi, você vai deixá-lo aqui assim, nesse estado?! – Eu
olhei nos olhos da Demi, nunca os tinha visto tão tristes.
– E quantas vezes ele já não me deixou assim?!... Até pior, e
nem nunca se importou! – Ela queria fazer pouco caso disso, mas eu sabia que
estava sendo duro pra ela também.
– Demi, ele é teu pai! – Murmurei e Demi se encolheu ainda mais
no banco do carona.
– Ele até pode ter sido um dia, mas hoje, agora, eu nem sei quem
é esse homem, Joe. E acredite, eu não quero saber! – O homem veio para o lado
da Janela da Demi e começou a bater desesperadamente no vidro, pedindo para ela
descer e falar com ele.
A cada batida eu via as lágrimas caindo do rosto da minha
pequena mais e mais, ela fechava os olhos com forca e tentava tapar os ouvidos
para não escutá-lo gritar o seu nome. Tive medo, ela estava ficando nervosa
demais, e isso era perigoso pra ela.
Então sem pensar em mais nada, tudo que eu fiz foi acelerar o
carro, o que resultou no pai da Demi sendo arremessado pra longe, no chão do
estacionamento. Pude ver pelo retrovisor do carro que ele conseguiu levantar e
não pareceu ter se machucado, ainda bem!
Até que eu já tinha uma certa habilidade nesse tipo de saídas
rápidas, também, sempre tive que fugir dos paparazzi que cercavam meu carro
desse jeito.
Quando em fim deixamos o estacionamento, eu respirei um pouco
mais aliviado. Demi ainda estava chorando baixinho, mas também estava mais
calma agora. Com uma de minhas mãos tomei uma das suas e entrelacei nossos
dedos, virei-me alguns segundos para contemplar o lindo rosto da minha esposa.
– Ei, tá tudo bem agora, não quero que chore mais! – Pedi. Não
gostava de vê-la desse jeito. A Demi sempre foi forte, até mais forte do que
eu, mas tinha coisas com as quais ela não sabia lhe dar e essa definitivamente
era uma delas. E eu temia o que esse tipo de sensações e emoções fortes poderia
resultar. Ela lutou tanto para superar tantas coisas, nós lutamos, e se ela de
repente tivesse uma recaída... Eu não suportaria vê-la passar por tudo aquilo
novamente.
– Joe, eu não quero vê-lo nunca mais! – Ela disse tentando
controlar o choro – Não quero... Eu não quero!
– E você não precisa! – Suspirei. Eu discordava disso, mas nesse
momento era o que eu precisava dizer - Você não vai mais vê-lo, juro que não! –
Com a minha mão livre acariciei os cabelos da Demi, sempre com o cuidado de
manter a atenção na estrada.
Quando chegamos ao hotel a Demi se trancou no banheiro. Nem
preciso dizer que isso me deixou inquieto, antigamente quando ela ficava muito
abalada emocionalmente, ela se cortava. Tá certo que a Demi se cuidou, foi pra
reabilitação e eu achei que nunca mais esse tipo de coisa aconteceria com ela
porque eu jamais permitiria que algo a machucasse tanto, mas hoje... Eu não
sei, esse repentino aparecimento do pai dela mexeu até com a minha cabeça.
(...)
Olhei no meu relógio mais uma vez, fazia mais de vinte minutos
que a Demi estava lá, trancada naquele banheiro e eu já estava quase surtando,
isso era tempo demais sozinha lá!
Decidi ir até lá e bater na porta, mas antes que eu fizesse isso
a Demi saiu de lá de dentro só de roupão e com os cabelos molhados. Deveria só
estar tomando um banho demorado, eu é que estava ficando paranoico.
– Joe, o que tá fazendo aqui parado, na porta do banheiro?! –
Ela me encarou estranhando enquanto secava os cabelos.
– E-Eu... eu vim te dizer que pedi um chá, é um chá de camomila
pra você, pra você ficar um pouco mais calma!
Demi sorriu pra mim então chegou mais perto e me abraçou, um
abraço muito forte.
– Obrigada! – Sussurrou
– Que isso amor, é só um chá! – Disse tentando fazer graça. Acho
que deu certo.
– Não é por isso! – Ela sentou-se na cama e eu também me sentei
de frente para ela – é pelo que você fez agora pouco, por ter me trazido pra
casa e não ter me enchido de sermões e perguntas às quais eu não to nenhum
pouco a fim de responder e também por não ter me julgado, sabe, por deixa-lo
lá! – Ela se referia ao pai.
Segurei as mãos da Demi entre as minhas.
– Demi, eu só fiz o que eu tinha que fazer, a minha prioridade é
você, a sua segurança, o seu bem-estar... – Toquei seu rosto com carinho – Eu
nunca disse que concordei, mas também sei que se você preferiu assim, é por que
tem suas razões. – Demi me mostrou um pequeno sorriso, que logo cresceu
tornando-se aquele lindo sorriso que eu adoro.
Eu definitivamente amava tudo na Demi. O jeito carinhoso e ao
mesmo tempo estabanado dela de ser, o olhar doce que me hipnotiza, o qual eu
poderia ficar olhando perdidamente durante horas, mas principalmente eu amava
aquele sorriso, o sorriso que conseguia me contagiar em qualquer ocasião, até
nas mais tristes e desesperadoras.
Havia algo mágico naquele sorriso que me fazia ter certeza que a
Demi era feita para sorrir, pra contagiar o mundo com toda a alegria que só o
sorriso dela transmite.
– Own, amor, você me compreende! – Ela me deu um beijinho fofo
na bochecha – E falou bonito! – Ela parou um pouco e fingiu pensar – Pera aí,
compreensivo, romântico... Quem é você e o que fez com o verdadeiro Joe Jonas?!
Nós dois rimos
– Eu te amo sabia?! – Disse puxando a Demi pra junto de mim,
fazendo-a deitar-se comigo na cama e me colocando sobre ela logo em seguida.
– Também te amo, - Ela acariciou meus cabelos, deixando-os um
pouco bagunçados – e muito, mais do que qualquer coisa! – Nos beijamos
– Sabe, - Mordi os lábios – Você deveria procura-lo! – Disse
olhando no fundo dos olhos da Demi, ela apenas suspirou.
– Eu sei que sim... - Ela desviou o olhar – Só acho que não agora.
Não me sinto pronta pra isso ainda!
Aquela foi uma noite bem calma. Demi e eu assistimos a uns
filmes comendo pipoca. Passamos um tempo juntos assim como a maioria dos casais
fazem e nós nunca mais tínhamos feito por que a nossa casa tinha virado uma
creche logo no nosso primeiro ano de casamento. A Dems acabou pegando no sono
depressa, mas eu continuava acordado, estava pensando nessa coisa do pai da
Demi ter voltado e ela rejeitá-lo, quer dizer, eu sei que ela tem os motivos
dela, mas de qualquer forma ele é pai dela e pode estar precisando de ajuda.
Eu também vi o estado em que a Demi ficou depois de vê-lo, isso
era o que realmente mais me preocupava, sei que talvez eu não deva me meter,
mas pelo bem da Demi eu vou tentar fazer alguma coisa por eles!
Narrado por Nick
Los Angeles, Califórnia, 00:07 AM (Horário Local), Mansão de
Anna Oliver.
– Deve ser aqui! – Josh parou em frente a um casarão onde haviam
vários carros estacionados. Acho que não tinha erro, era a única casa em
quilômetros.
Só espero que a Miley esteja aqui mesmo!
– Tá, então me espera aqui no carro, Josh, que eu vou lá dentro,
pego a maluca da Miley e trago pra cá. É jogo rápido! – Disse já abrindo a
porta do carro.
–Ótimo plano, Romeo! – Ele ironizou – Mas já pensou no caso da
Julieta desvairada lá não querer voltar com você?! – Ele me encarou e só então eu
percebi que ainda não havia pensado nessa possibilidade. Ele suspirou – Já
pensou pelo menos em como vai driblar a segurança pra entrar nessa festa?! –
Quando ele falou isso, dei uma olhada na entrada da casa e tinha dois irmãos
gêmeos do Big Rob parados na porta. É parece que esse “resgate” não vai ser tão
simples quanto eu imaginava.
– Alguma sugestão?!
(...)
– Por que eu sempre fico com a pior parte?! – Josh resmungava
– Josh, você não conhece a Miley direito. Tá achando o quê?! Que
é só chegar lá e dizer pra ela: “Oi Miles, olha, você não me conhece, mas você
tem que voltar pra casa comigo agora!”?! – Rolei os olhos – Além do mais foi
ideia sua um de nós ir até lá e distrair os seguranças para o outro poder
entrar!
– É, mas no meu plano original era você que ia distrair e não
eu! – Ele esbravejou – Nick, olha só pro tamanho daqueles gorilas... Eles podem
esmagar o meu crânio usando só uma das mãos!
– Você ta exagerando Josh! Já viu o tamanho da sua cabeça?!
Tenho certeza que eles precisariam das duas mãos para esmagar o seu crânio que
é bastante proporcional ao seu corpo! – Disse e ri
– É, zoa mesmo com o gorducho! Todo mundo agora acha que é
comediante! – Ele revirou os olhos – Tá bom, eu vou lá, tomara que eu consiga
voltar vivo e inteiro! – Fez o sinal da cruz
– Do jeito que você faz drama deveria tentar a carreira de ator!
– Ironizei – Agora anda logo, vai lá!
– Não me apressa! – Retrucou – Eu tenho que entrar no
personagem! – Colocou um par de ósculos escuros e desceu do carro.
Eu fiquei escondido atrás da lataria do carro enquanto o Josh ia
até a entrada principal distrair os seguranças. Ele iria inventar um nome falso
e pedir que verificassem na lista de convidados. Com os brutamontes distraídos,
ele me daria um sinal para que eu pudesse entrar.
– Muito boa noite, cavalheiros! Eu sou Gerald Di Caprio, irmão
mais novo é claro, de Leonardo Di Caprio, mas isso vocês já sabiam, não é?! Eu
sei, ser famoso é assim mesmo, mas nada de autógrafos! – Josh tentou entrar na
maior cara de pau, mas os dois brutamontes o barraram.
– Desculpe, mas o seu nome não está na lista senhor!
– Não está?! Como assim, não está?! Ora, mas isso é um ultraje!
– Ele fez-se de indignado – Eu vim de New Orleans só para essa festa, tenho
certeza que a minha grande amiga, a...a...a senhorita Oliver, ficará muito
descontente se descobrir que eu estive aqui e dois seguranças incompetentes me
barraram, acho que se eu ligar pra ela não vai ser nada bom pra vocês! – Ele
puxou o celular do bolso.
– Não senhor, por favor, não faça isso! – Um dos seguranças
praticamente implorou – Um convidado ilustre como o senhor deve estar na lista
VIP, nós vamos verificar agora mesmo! – Josh alargou o sorriso.
– É verifiquem mesmo! – Ele me deu o sinal.
E enquanto os seguranças ficaram meio enrolados procurando o tal
Geral Di Caprio na lista, eu entrei de fininho dentro da casa. Tenho que
admitir, até que o Josh sabe se virar, viu! Tá certo que os seguranças serem
muito burros também ajudou. Todo mundo
tá careca de saber que o Leonardo Di Caprio é filho único, não, sem falar que
até o meu pai parece mais com o Leonardo Di Caprio do que o Josh... É, não se
fazem mais seguranças como antigamente!
*Música
tocando na festa
A música estava extremamente alta, milhões de pessoas dançavam
loucamente no meio de um salão lotado. Eu olhava pra todos os lados tentando
avistar a Miley, mas nem sombra dela. Pra completar esse inferninho tava tão
escuro cheio de uma fumaça irritante e luzes que faziam meus olhos
lacrimejarem. Ao longe avistei a Anna Oliver parada no bar tagarelando com mais
duas garotas e um carinha bem esquisito. Na falta de opção, eu resolvi ir falar
com ela, se a Miley estivesse mesmo aqui ela deveria saber.
– Até parece que ela vai conseguir fisgar algum cara com aqueles
peitinhos tamanho PP, tipo, fala sério, ela nunca ouviu falar em silicone?!
rsrsrs– Anna tagarelava com os “amigos” dela. Na boa, pra mim essa garota não
era amiga de ninguém e essa risada fanhosa dela me dá nos nervos.
– Anna! – Cheguei mais perto dela, na rodinha – Posso falar com
você?
– Ui que gatinho! – Uma das garotas falou – Não quer falar
comigo também, gostoso?! – E a garota veio se atracando no meu pescoço, essa
tava mesmo bêbada!
Afastei-a de mim e encarei a Anna.
– Nick Jonas?! – Ela me olhou estranhando – A segurança dessa
festa deve tá uma droga... – Revirou os olhos – Pra terem deixado a ralé
entrar! – Anna e eu nunca nos demos bem. Eu sempre soube o tipo de pessoa que
ela é e nunca apoiei o relacionamento que ela teve com o Joe, o que deu origem
a inimizade.
– Pois é, eu também não posso dizer que é um prazer estar
aqui...
- E então, o que você
quer aqui? – Me olhou com desdém
Rolei os olhos. Eu não tinha muita escolha, de qualquer forma.
– Vim procurar uma pessoa.
– Ah é, e quem?! Se é que posso saber né, porque até onde eu
consigo me lembrar nossos amigos não são os mesmos e nem frequentam os mesmos
lugares! – Falou com descaso.
Já irritado puxei-a, afastando-a só um pouco da rodada de
amigos.
– Preciso saber se a Miley está ou esteve por aqui essa noite! –
Encarei-a, tentando parecer o mais sério possível, Anna caiu na gargalhada.
– Pera aí, pera aí... Quer dizer que Nick Jonas, - Ela estava
falando em alto e bom som, pra quem quisesse ouvir – o santinho do pau oco dos
JB, veio até a minha festa só por causa da ex?! – Ela me olhou com cara de
deboche - Passou todos esses anos e você ainda não desistiu de correr atrás da
Miles, Nick?! KKKKKK – Ela ainda ria – Isso é o que eu chamo de amor recolhido,
viu. Olha se quiser eu te indico umas amigas minhas que podem curar essa sua
carência agorinha mesmo!KKKKKKK
– Anna, eu to falando sério! – Tentei manter a compostura –
Preciso saber se a Miley apareceu por aqui, se ela ainda está aqui!
– Olha gato, tá ela está, só não se sabe onde se meteu aquela
criatura! – Uma das amigas da Anna, que estava calada até agora falou após dar
um gole em sua bebida.
– A ultima vez que eu a vi tava na área da piscina, mas pelo
tempo que ela ta demorando pra lá já deve ter arrumado companhia, se é que me entende...
– Foi o carinha esquisito quem falou dessa vez.
Eu não sabia se era a verdade ou se eles estavam apenas tirando
uma com a minha cara, mas nessa altura do campeonato eu não iria arriscar. Já
tinha vindo até aqui mesmo, o que mais eu tinha a perder?! Eu nem agradeci nem
nada, dei meia volta e antes de rumar em direção à área da piscina pude escutar
um comentário maldoso daquela amiga atirada da Anna Oliver.
– É, parece que a detonadora de corações atacou novamente! Desse
jeito não vai sobrar um só gatinho na festa no qual ela não tenha passado o
rodo... – Detonadora de corações?! Era da Miles que ela tava falando?!
Tá, isso definitivamente não era um bom sinal.
Cheguei do lado de fora do casarão, a minha frente tinha uma
área onde ficava a piscina e não muito longe uma espécie de chalé ou casa
pequena com uma varanda. Caminhei pela borda da piscina, havia alguns casais se
esfregando, um ou dois bêbados caídos... Bem típico de uma festa ao estilo Anna
Oliver, mas nem sinal da Miley. Distraidamente olhei de relance para a tal
varanda da casa a beira da piscina, terminei por avistar um casal se agarrando
ou brigando, não dava pra ver bem, resolvi me aproximar.
O meu cérebro tava trabalhando rápido demais pra que eu pudesse
acompanhar. A cada passo que eu dava em direção àquela varanda uma vozinha
irritante dentro da minha cabeça me dizia pra voltar. Eu podia ouvir algumas
coisas e a voz da garota me era familiar, eu tinha quase certeza que era a
Miley.
E aí vem o xis da questão: Eu queria encontrar a Miley, mas não
queria ter que vê-la nos braços de outro cara.
Estava escuro e eu não conseguia ver o rosto de nenhum dos dois,
me escondi atrás de um pequeno arbusto, rezando pra que a garota em questão não
fosse a Miley.
– Qualé, me solta cara!KKKKK – A garota tentava empurrar o cara
sem muito sucesso, mas o mais estranho é que ela ria enquanto fazia isso.
– Acho que eu exagerei na dose com você! – O cara tentava prendê-la
em seus braços – Se bobear não sabe mais nem que é!
– Haha, mas eu sei o que você não é! KKKKKK Não é meu namorado e
nem nada meu, então me solta, AGORA!
– Nem chapada você perde essa sua pose, né?! Mas fazer o que, eu
adoro esse seu jeito de durona, isso me excita! – O cara já se ocupava em
tentar tirar a jaqueta da garota, que ao que me parece está bem altinha e não
tem forcas pra lutar contra ele. – Ah eu esperei tanto por esse nosso momento
sabia, princesa?! Você me deixa maluco... Miley!
Nem eu mesmo sei direito como, mas quando eu ouvi o cara dizendo
o nome dela eu já tinha saltado do arbusto e estava na varanda, me preparando
para tirar aquele infeliz de cima da minha garota.
Puxei o desgraçado que estava fungando no pescoço dela e acertei
um murro bem no meio da cara dele. Ele estava bêbado então não foi tão difícil.
– Miley, você tá bem?! – Perguntei um tanto preocupado. Ela me
olhou nos olhos e abriu um sorriso, como se estivesse extremamente feliz por me
ver.
– Ooi Nicky! - Ela me deu um abraço estranho e apertado – O que
você tá fazendo aqui?! Tá curtindo a festa também?!
– Curtindo a festa?!... – A Miley parecia mais aluada do que o
normal – Tá bem, isso não importa. Você tem que vir comigo, a gente tem que
sair daqui! – Ia segurá-la pelo braço quando sinto uma mão em meu ombro. Antes
de conseguir virar-me completamente para ver quem era sinto um punho atingindo
meu rosto fortemente, o impacto é tamanho que eu vou ao chão em questão de
segundos.
– Uhuuuuuullll Porrada!! – A Miley era a única pessoa alegre
alí, tava toda animada torcendo, saltitando e batendo palminhas. A pior parte é
que se eu era o caído no chão, ela tecnicamente estava torcendo pelo quase
estuprador dela...
Vai entender essa garota!
– Miley? – Eu me levantei e a olhei meio embasbacado e o cara me
acertou com uma voadora.
– Olha aqui veadinho, vê se não se mete no que não é da tua
conta! – Ele vociferou pra mim
– Acontece que ela é da minha conta! – Eu consegui sair debaixo
do cara com algum esforço. A Miley apenas ria como se estivesse assistindo a um
DVD dos melhores do mundo (N/A: Hermanoteu na terra de Godá).
– Miley, Miley sai daqui, vai procurar o Josh, deixa que eu me
viro com esse cara! - Eu ate tentei falar com a maluca, mas além dela me
ignorar completamente o amiguinho dela não largava do meu pé.
No meio de socos, chutes, pontapés e vários outros golpes que
você possa imaginar, nós dois acabamos indo parar dentro da piscina.
– FESTA NA PISCINA!! YEHP!! – Acho que a Miley ainda não tinha
se dado conta que eu estava perdendo a briga e que isso era péssimo pra ela
também!
Eu acabei me distraindo com a Miley novamente e o cara conseguiu
me afogar e sair da piscina. No fundo da piscina, eu não conseguia enxergar
muita coisa, apenas podia ver imagens turvas do cara se aproximando da Miley
outra vez, ouvi alguns barulhos estranhos, e os meus olhos aos poucos foram se
fechando.
(...)
De repente sinto uma mão me puxando pelo casaco para fora da
piscina.
– Nick, Nick você está bem? – Alguém me sacudia – Consegue me
ouvir? – Quando abri os olhos dei de cara com o Josh.
– Josh?! Coff, coff – Tossi e passei as mãos pelo meu rosto e
cabelos tentando tirar o excesso de água - O que aconteceu, cadê a Miley? – Josh
apenas apontou em uma direção e eu pude ver a Miley com o gargalo quebrado de
uma garrafa na mão e caído aos seus pés o cara com quem eu estava brigando.
– Mas como?! O que aconteceu?!
– Nem me pergunte, quando cheguei aqui já tava tudo assim! – Ele
respondeu rolando os olhos.
– E então, o Nicky já acordou?? – Eu nem sei como a Miley veio
parar ao meu lado tão depressa. Ela mantinha um sorriso enorme e piscava os
olhos meigamente como se não tivesse ideia do que tinha acabado de fazer.
– Quer saber, acho melhor sairmos daqui, antes que sobre pra
gente! – Josh disse me ajudando a levantar.
– Anda Miles, vamos! – Eu a segurei pelo braço.
– Ei, ei, ei amigo, vai tirando a mãozinha! – Ela puxou o braço
– Comigo só depois de casar! – Josh riu da minha cara, é claro, ele não perde a
oportunidade.
– Miley, a gente tem que voltar pra casa, a Noah ta te
esperando, então deixa de fazer cena e vamos embora! – Tentei convencê-la.
– haha, eu sei o que você tá querendo! – Miley sussurrou pra mim
de uma maneira provocante, me deixou até um pouco ruborizado – Olha só, na boa,
você até que é gatinho, mas não vai rolar... Você não faz o meu tipo, sorry! –
Ela deu um tapinha no meu ombro e depois encarou o Josh – Já você, com todos
esses músculos, – Passou a mão pelo peito do Josh – não sei não, quem sabe! –
Ela piscou pra ele e saiu rebolando na nossa frente sussurrando “Me liga” pro
Josh.
– Nick... – Josh falou ainda vidrado na Miley andando, ou
melhor, rebolando na nossa frente.
– O que?! – Confesso, eu também tava babando.
– A sua ex-namorada, ela é totalmente... Sexy!
– Aham! – Eu assenti, mas logo me toquei que era da MINHA
ex-namorada que estávamos falando – Oh Josh, da pra limpar a baba, ta
escorrendo pelo chão já! – Eu saí correndo atrás da Miley e o Josh me seguiu.
– Miley, temos que voltar pra casa, AGORA!! – Eu a segurei assim
que adentramos a mansão novamente.
– Mas nem pensar, agora que começou a ficar divertido! – Ela negou
com a cabeça rindo de mim... Só me faltava essa!
– Deixa comigo Nick! – Josh deu um passo à frente e segurou o
braço da Miley – Oi Miles, você não me conhece, mas você tem que voltar pra
casa comigo agora! - Ele disse firme olhando-a nos olhos... Haha, se ela não
quis me ouvir imagina se... Antes que eu pudesse completar a frase em meu
pensamento pude ver a Miley agarrar no braço do Josh por livre e espontânea
vontade e olhar pra ele com cara de apaixonada...
– Eu vou pra onde você quiser me levar bonitão! - Eu não
acredito!
Fiquei parado ali no meio da pista de dança, embasbacado, vendo
o meu agente sair de braços dados com a minha ex-namorada que tinha acabado de
me dar um fora...
– AAAAAAAHHHHHHHHHH EU ADORO ESSA MÚSICA!! – Quando essa música
começou a tocar alto a Miley se soltou do Josh e saiu correndo em direção à
pista de dança. É, pelo visto não ia ser hoje que iríamos conseguir leva-la pra
casa. Resolvi dar um tempo e sentar no bar pra tomar alguma coisa... Pra
encarar as maluquices da Miley só bêbado!
– Eu bem que tentei, mas parece que a Miley não tá muito a fim
de ir pra casa não, viu! – Josh sentou-se ao meu lado no balcão do bar.
– E quando é que ela ta a fim de fazer alguma coisa que seja, no
mínimo, responsável?! – Bufei – Juro que essa é a ultima vez que eu ajudo a
Noah em relação à Miley. Ela já ta bem grandinha e tem idade o suficiente pra saber
o que é melhor pra ela, não precisa de babá! – Eu a estava olhando de longe,
não sabia muito sobre drogas, mas sabia que com certeza a Miley estava chapada.
Os olhos dela estavam avermelhados e ela estava agindo estranho.
Sei lá, a Miley sempre consegue me deixar completamente confuso.
Sinceramente eu não entendo o que passa pela cabeça dela, vir pra uma festa
dessas, se entupir dessas porcarias, enquanto o pai está internado num hospital
em estado grave. Não parece o tipo de decisão que a garota que eu conheci e
namorei durante anos, tomaria ainda mais se tratando do Billy... Não sei, às
vezes sinto que nem a conheço mais, que ela já não é mais a mesma pessoa. Só
que em contrapartida eu sei que ainda é dela que eu gosto, de qualquer jeito, é
só ela que me faz sentir isso...
– É eu também não diria que ela precisa de babá, – Josh disse
olhando para ela, depois desviou o olhar pra mim – mas ela definitivamente
precisa de alguém que cuide dela, sabe, alguém que se importe... É só o que eu
acho! – Ele levantou-se me deixando perdido em meus pensamentos – Na boa, eu to
ficando meio grogue com essa fumaça e essa barulheira toda tá me dando nos
nervos, vou esperar por vocês lá no carro!
Josh saiu e eu remexi o liquido em meu copo. Contrariado, me
obriguei a olhar a Miley de esguelha novamente. Ela dançava de uma maneira meio
desengonçada, típico de alguém que está chapada, mas ainda assim ela conseguia
ser sensual.
Ela com certeza já não era mais aquela garotinha que eu
conseguia arrastar comigo de volta pra casa. Já era uma mulher, meio
desajuizada é claro, mas ainda assim uma mulher linda e eu já não fazia mais
parte da vida dela. Era tão estranho isso, nunca tinha imaginado que nossos
caminhos seriam tão diferentes e que um dia ela não precisaria mais de mim.
“Ela
precisa de alguém que cuide dela, sabe, alguém que se importe!” As palavras do Josh me vieram à mente em um
rápido flash... Será que ela realmente precisa disso?!
–Essa festa tá demais!! Tem alguém sentado aqui?! Não tem não,
né?! – Não sei como aquela criatura se materializou ao meu lado, sentada no
banco antes ocupado pelo Josh – Ei cara, eu quero uma bebida também, igual a
dele! – Ela pediu ao garçom apontando pra mim, depois começou a fazer seu
banquinho girar – Yuuuup! Haha isso é divertido!
– Miley, para! – Segurei-a – Tá me deixando tonto só de olhar!
– Você deveria tentar, é legal! –Ela disse querendo girar o meu
banco.
– Garota, o que foi que você tomou afinal?! – Perguntei
encarando-a, Miley parecia extremamente abobada.
– Ah sei lá, eu nem lembro, foi tanta coisa! – Ela riu – Mas eu
to me sentindo tão leve, como se eu fosse uma pluma – Ela parecia pensar – AH E
EU TO FELIZ!! – Ela berrou alto a ultima parte.
–EU NÃO ACREDITO!! – Miley deu outro berro – ESSA MÚSICA É
TUDO!! – E dentro de segundos a maluca já estava em cima do balcão do bar com
um copo de bebida dado pelo garçom na mão e dançando loucamente. Também não demorou
a se juntar uma rodinha dos caras que estavam bebendo no bar para assistir o
pequeno showzinho da Miley.
– Miley, desce daí agora mesmo! – Eu ate tentei argumentar, mas
aquela maluca não me dava ouvidos.
– ESSA É A MINHA MÚSICA. ESSA É A MINHA NOITE. NINGUÉM VAI ME PARAR!!
- Enquanto ela dançava em cima do balcão do bar, alguns caras aproveitavam para
ficar tirando fotos e passado a mão pelas pernas dela.
Essa situação já estava insustentável pra mim e já que eu não
podia obrigar a Miley a descer dali e nem tão pouco puxar briga com todos
aqueles caras, acho que a única coisa que eu podia fazer era deixá-la curtir a
“sua noite” do jeito que ela bem quisesse...
– Nossa, que avião!
– Ela é uma delicia, chapada do jeito que tá não vai ser difícil
conseguir levar ela pro meu apartamento!
– Isso se eu não levar primeiro! – Eu ouvi alguns dos idiotas
atracados no bar falarem.
Cerrei meus punhos de raiva, mas me controlei, não tinha por
que... A Miley não valia o esforço...
– Ai, tá tão quente aqui! – Ouvi a Miley dizer antes que eu me
afastasse mais do bar. Virei-me para trás e pude vê-la derramar todo o conteúdo
de seu copo sobre si enquanto aqueles imbecis ficavam cada vez mais agitados –
Nossa, tá quente demais! – Ela começou a suar e se abanar.
Percebi que ela começou a tirar a sua jaqueta. Não, não era
possível que aquela louca tava mesmo pensando em tirar a roupa toda!
– Isso gostosa, tira tudo, vai!
– Tira, tira, tira! – Os tarados de plantão continuavam
berrando.
Sem pensar duas vezes tirei meu paletó e subi em cima do balcão,
cobrindo a Miley com ele.
– Ei, qual é?! – Miley me encarou – Tá calor!
– UUUUUUUUUUUUU sai daí, seu prego!
– É, deixa a delicia aí continuar a tirar a roupa!
– Otário!
– Já chega de festa por hoje, você vem comigo! - Ignorei os
xingamentos dos caras e peguei a Miley no colo, levando-a mesmo contra a
vontade dela pra fora da festa. Se algum dia eu ficasse chapado e começasse a tirar
a roupa na frente de um bando de desconhecidos eu iria querer que alguém
fizesse o mesmo por mim!
Quando já estávamos do lado de fora da mansão eu pude perceber
que as bochechas da Miley estavam muito avermelhadas, na verdade todo seu corpo
estava e ela estava quente.
– Pow Nick, você tinha que me tirar da festa na melhor parte?! –
Ela esbravejou saltando para fora do meu colo – Você é muito careta!
- Eu, careta?!
- É, e ciumento!
– Ah agora eu sou ciumento?! – Encarei-a – Eu só quis te salvar
daquele bando de tarados!
– E quem disse que eu precisava ser salva? – Ela atirou meu
casaco em mim – Eu tava muito bem lá, aliás, eu to muito bem aqui, to ótima! –
Ela revirou os olhos – Quer saber, eu vou pra casa! - Pegou uma chave no bolso
e já ia em direção ao estacionamento, mas eu fui mais rápido em arrancar as
chaves da mão dela e agarrá-la pelo braço.
– Sinto muito doçura, mas você não está em condições de dirigir!
– Caminhei com ela até o carro do Josh. Ele tava dando um cochilo lá dentro,
bati forte no vidro e ele acordou num pulo.
– Nick?! O que aconteceu, por que vocês demoraram tanto?! – Ele
desceu do carro e perguntou cocando os olhos e bocejando.
– Nada não, só a princesinha aqui que decidiu fazer top less pra
um bando de bêbados! – Revirei os olhos dando o braço da Miley para o Josh
segurar – Mas não esquenta, eu estraguei tudo com o meu excesso de ciúme! –
Falei com ironia
– Você sentiu ciúmes Nicky, e sabe disso! – Miley sorriu
provocativa – Não deveria ter tanto problema em admitir, amor, você fica uma
gracinha quando está com ciúmes! – Ela piscou pra mim, Josh segurou o riso.
Irritado, dei as costas para os dois e fui procurar o carro da
Miley. Era melhor ela ir com o Josh, eu já não tinha mais paciência pra lhe dar
com ela hoje a noite. Enquanto eu procurava o carro da Miley fiquei lembrando
dela dançando em cima daquele balcão, apesar de tudo ela estava mesmo...gostosa!
Balancei a cabeça tentando me livrar desse tipo de pensamentos,
mas quanto mais eu tentava, mais eles rondavam a minha mente.
Eu não posso negar que senti raiva de todos os caras que estavam
ali desejando a Miley ao redor do balcão, fazendo dela objeto dos seus
pensamentos mais impuros, embora de certa forma eu fosse um deles... E eu senti
ciúmes... Droga! Eu sou um otário! – Apertei mais uma vez no botão do alarme do
chaveiro, um veículo apitou, mas não era um carro.
Essa garota é louca!
– ÔH NICK! – Josh me chamou em um berro. Nesse meio tempo a
Miley já deveria ter aprontado alguma.
– Droga! – Murmurei baixo e montei na moto. Quando essa garota
iria me dar um minuto de sossego?!
Continua...
N/A: Bom, aqui está mais um capítulo! Espero que estejam gostando e que continuem acompanhando a fic... Quero mais comentários para postar o próximo!
Bjsssssss
Continua...
N/A: Bom, aqui está mais um capítulo! Espero que estejam gostando e que continuem acompanhando a fic... Quero mais comentários para postar o próximo!
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